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Caminhos teórico-clínicos mudam...

  • Foto do escritor: Lázaro Castro
    Lázaro Castro
  • 21 de mai.
  • 2 min de leitura

Talvez para o público geral a ideia de que mudanças ocorrem durante um processo psicoterapêutico não seja algo tão inovador. O que talvez seja importante de dizer é que essas mudanças também acontecem com quem está do outro lado escutando: os psicólogos.


Quando iniciei minha carreira em 2014, eu vinha de uma formação sólida em Gestalt-terapia, com todo o meu direcionamento acadêmico em psicoterapias humanistas. Fiz meu mestrado e meu doutorado com essa perspectiva teórico-clínica. Utilizei essa leitura de mundo em todos os meus atendimentos até que por diversas razões, senti que era hora de buscar outros caminhos.


Comecei a estudar Psicoterapia Analítica Funcional (FAP) e a clínica analítico-comportamental por volta de 2020. À época da minha graduação em Psicologia, julgava como certa falta de sorte ter me graduado na Universidade Federal do Pará (UFPA) em que quase 50% do meu currículo havia sido em Análise Experimental do Comportamento. Mas a vida é surpreendente. Tantas aulas sobre etologia, sobre cultura, sobre psicologia evolucionista (que eu amava muito!), sobre bases biológicas do comportamento humano e tantas outras disciplinas com a teoria comportamental voltaram a me encontrar nesta nova fase da minha construção profissional.


Fiz a formação em Psicoterapia Analítica Funcional, passei a participar de intervisões na área, comprei alguns livros e fui gradualmente mudando a forma como leio os eventos que acontecem na relação terapeuta-paciente, a observar comportamentos clinicamente relevantes (CRBs), a pensar com mais cuidado algumas análises funcionais, a compreender melhor esquivas, fugas, reforçamentos e muitos outros conceitos. Sem deixar de lado a sutileza artesanal que existe no fazer clínico.


Viver essas mudanças não foi algo fácil ou tranquilo como essas palavras possam parecer. Há divergências filosóficas e epistemológicas brutais entre os campos teóricos de onde vim e onde estou. Alguns conflitos pacificaram no meu coração, com outros ainda preciso me debruçar mais em leituras e reflexões.


Compartilho esses escritos como uma forma de me vulnerabilizar e funcionar como um modelo de que mudanças são importantes nas nossas vidas. Ou em palavras mais simples: de abrir o coração e dividir como eu também mudei ao longo desses anos como profissional. Mudanças são importantes, ampliar os contextos que vivemos, enriquecer o ambiente, reconsiderar a forma como nos comportamos, reavaliar quem somos e assim por diante. Que tal dar uma chance para reavaliar aquilo que você está vivendo hoje? :)



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Dr. Lázaro Castro - Psicólogo Clínico

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